sábado, dezembro 22, 2007

Mutações: Saiba mais sobre ser e ver

Você que me conhece e você que não me conhece... Saiba mais sobre ser e ver...

Heráclito de Éfeso também fez esta pergunta. Quando entramos num rio, recebemos a primeira água que veio e a última, pois nunca mais será a mesma. E nós não seremos os mesmos, ao nos banharmos nela... E ao mesmo tempo que sei que modifico-me, sei que mantenho uma aparência de "não-mudança", pois reconheço as coisas por seus nomes, embora em constante mutação... O rio continua a ser rio só pelo fato de estar lá, banhando-nos com sua água, que nunca será a mesma...

Em nossas veias corre sangue, e elas mudam a cada batida do coração. Temos pressão sanguínea e humores de acordo com nosso estado de espírito, ou pressão atmosférica. Mudamos o tempo todo. O que a vida não conhece é mesmo a estagnação. Vida supõe movimento de modificação. Estamos sempre aprendendo.

Aceitando uma idéia aqui (e aplicando-a), pois vale o nosso trabalho, ou incorporando um costumezinho e uma característica acolá, porque acreditamos que vá nos elevar de alguma forma, ou fazer com que não soframos (exceto para nosso bem...)

Alguém que tomou a dianteira neste conhecimento de si mesmo, serve para nós como os guias lúcidos de nossa existência que teimam em nos mostrar caminhos que as vezes lutamos para seguir.

O exemplo revela virtudes, sem palavras... Eu já tive os meus mestres que muitos caminhos não segui. Atrasei-me e atraso-me, as vezes. Mas já tenho a percepção saber dar a volta. De retomar a direção de onde parei... Estes facilitadores que são, devem ser mais ouvidos...

Temos de parar de vez em quando e rever nossos valores, nossas esperanças (plantadas por nossos pais), e re-decidirmos se são as nossas metas reais. Se a curto ou longo prazos significam a nossa verdade, e se vai ou não agregar valores reais em nossa vida...

Uma vez eu fiz esta descoberta que você está se fazendo, e como você vê agora, também percebi que não era bem assim... Eu cheguei a pensar que as pessoas não eram "autênticas". Que toda a sociedade era fraca e fingida só porque suas máscaras lhe faziam interpretar comportamentos. Levei um tempo para aprender que todos os sentimentos, por máscaras (ou não, que são), são os "jogos que as pessoas jogam" (de Eric Berne e sua Análise Transacional). E como atores, sentem emoções reais, quando nestes papéis, intérpretes de si mesmos, quando modificam suas emoções. E até quando riem forçado, pensam que são naturais e que riram de algo. Viajam na maionese... que segundo os indús, trata-se de ilusão (Maya). Não vemos sempre como se deve e devemos repensar sempre, para sermos autênticos.

MarceloSan

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