terça-feira, maio 26, 2009

Origens dos símbolos Arroba, Til, etc...

EM TEMPOS DE REFORMA ORTOGRÁFICA É BOM SABER...
VOCÊ SABE A ORIGEM DOS SÍMBOLOS COMO ARRÔBA, TIL, ETC?

Já citei aqui nesta lista de emails, que os escribas (muitos não sabiam ler e eram APENAS copistas), cunharam a primeira letra de RADIX (lado) como um R estilizado mais parecido com um V, na verdade parte de uma letra R, que significava LADO de um quadrado.

Portanto RAIZ QUADRADA não existe, o correto é dizer RADIX QUADRADA, RADIX CÚBICA, ou LADO QUADRADO, LADO CÚBICO... de uma grandeza. Embora o erro não tenha atrapalhado a difusão do conhecimento geométrico desta matematização, tempos depois o problema passou a existir quando se acrescentou o pensamento de NOTAÇÂO MATEMÁTICA em uma demonstração GEOMÉTRICA com erro de conceituação.

Adotaram o nome RAIZ como base na notação. E todo o quociente matemático ficou canhestro, já que não se fala em EXTRAÇÃO DE RAIZES. Não se falava de algo botânico para se “extrair alguma raiz”, nem médico (não era como quem extrai um dente), principalmente porque no original se falava em grandezas das quais existia um ENTE, cuja base era os seus LADOS geométricos SEREM quadrados ou cúbicos. Nada mais.

Mais a matematização das grandezas visavam incluir outras minúcias matemáticas em um só projeto. Daí a notação. Para aumentar a visão de Potências e de Grandezas. Porém, com o símbolo alterado muito raciocínio errado foi feito para quem é visual e necessitava entender o que se falava. Em sua base matemática percebemos que não existe mais a exatidão nesta notação, e a RADICIAÇÂO (na verdade RADIXAÇÃO), como houve quando era somente geométrica.

Hoje os resultados obtidos são somente por aproximações, e se baseiam no "PRINCIPIO DA INCERTEZA quando juntaram ao projeto várias formas de se ver os numerais, INCLUSIVE com grandezas diferentes. Em lógica algo aproximado nunca é exato. A radiciação estaria fora das CIÊNCIAS EXATAS, como adição, soma e multiplicação. mais isto já é uma questão filosófica com referência ao seu resultado prático. Mas vamos continuar falando dos símbolos.

A mesma coisa aconteceu com outros símbolos. E isso deveria ser difundido também:

Na idade média os livros eram escritos pelos escribas à mão (aparecem alguns deles, em seu ambiente de trabalho, no filme O NOME DA ROSA). Precursores da taquigrafia, os escribas e copistas simplificavam o trabalho substituindo letras, palavras e nomes próprios, por símbolos, sinais e abreviaturas.

Não era por economia de esforço nem para o trabalho ser mais rápido, já que tempo era uma coisa não lhes faltava naquela época. O motivo era de ordem econômica: tinta e papel eram valiosíssimos.

Foi assim que surgiu o til (~), para substituir uma letra (um "m" ou um "n") que nasalizada a vogal anterior. Perceba que o til é uma espécie de enezinho sobre a letra. Verifique.

O nome espanhol Francisco, que também era grafado "Phrancisco", ficou com a abreviatura "Phco." e "Pco". Daí foi fácil Francisco ganhar em espanhol o apelido Paco.

Os santos, ao serem citados pelos copistas, eram identificados por um feito significativo em suas vidas. Assim, o nome de São José aparecia seguido de "Jesus Christi Pater Putativus", ou seja, o pai putativo (suposto) de Jesus Cristo. Mais tarde os copistas passaram a adotar a abreviatura "JHS PP" e depois "PP". A pronúncia dessas letras em seqüência explica porque José em espanhol tem o apelido de Pepe.

Já para substituir a palavra latina et (e), os copistas criaram um símbolo que é o resultado do entrelaçamento dessas duas letras : &. Esse sinal é popularmente conhecido como "e comercial" e em inglês, tem o nome de ampersand, que vem do and (e em inglês) + per se (do latim por si) + and.

Com o mesmo recurso do entrelaçamento de suas letras, os copistas criaram o símbolo @ para substituir a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de "casa de".

Veio a imprensa, foram-se os copistas, mas os símbolos @ e & continuaram a ser usados nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades da mercadoria e o preço - por exemplo : o registro contábil "10@£3" significava "10 unidades ao preço de 3 libras cada uma". Nessa época o símbolo @ já ficou conhecido como, em inglês como at (a ou em).

No século XIX, nos portos da Catalunha (nordeste da Espanha), o comércio e a indústria procuravam imitar práticas comerciais e contábeis dos ingleses. Como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses atribuíam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo seria uma unidade de peso. Para o entendimento contribuíram duas coincidências:

1- a unidade de peso comum para os espanhóis na época era a arroba, cujo "a" inicial lembra a forma do símbolo;

2- os carregamentos desembarcados vinham freqüentemente em fardos de uma arroba. Dessa forma, os espanhóis interpretavam aquele mesmo registro de "10@£3 "assim : "dez arrobas custando 3 libras cada uma". Então o símbolo @ passou a ser usado pelos espanhóis para significar arroba.

Arroba veio do árabe ar-ruba, que significa "a quarta parte": arroba (15 kg em números redondos) correspondia a ¼ de outra medida de origem árabe (quintar), o quintal (58,75 kg ).

As máquinas de escrever, na sua forma definitiva, começaram a ser comercializadas em 1874, nos Estados Unidos (Mark Twain foi o primeiro autor a apresentar seus originais datilografados). O teclado tinha o símbolo "@", que sobreviveu nos teclados dos computadores.

Em 1972, ao desenvolver o primeiro programa de correio eletrônico (e-mail), Roy Tomlinson (abaixo mais um texto sobre ele) aproveitou o sentido "@" (at), disponível no teclado, e utilizou-o entre o nome do usuário e o nome do provedor. Assim "Fulano@Provedor X"ficou significando "Fulano no provedor X".

Em diversos idiomas, o símbolo "@" ficou com o nome de alguma coisa parecida com sua forma, em italiano chiocciola (caracol), em sueco snabel (tromba de elefante), em holandês, apestaart (rabo de macaco); em outros idiomas, tem o nome de um doce em forma circular: shtrudel, em Israel; strudel, na Áustria; pretzel, em vários paises europeus.

Texto de MarceloSan
http://marcelosanblog.blogspot.com
http://marcelositioweb.fateback.com



Anexo

A história do criador do email também encontrado em meu site no link
http://marcelositioweb.fateback.com/paidoemail.htm


RAY TOMLINSON NÃO GANHOU FAMA NEM FORTUNA


Ray Tomlinson criou algo grande, mas é conhecido por algo muito pequeno. Sentado no seu pequeno escritório, num agradável prédio em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos, o inventor do e-mail sorri diante da idéia de que seu nome está destinado a ser ligado ao sinal @ (arrôba). Pensei em outros símbolos, mas a arroba não aparecia em nenhum nome, então funcionava, diz.

Levando em consideração como a invenção de Tomlinson mudou o meio em que vivemos e trabalhamos, seu começo foi modesto. Depois de se graduar no MIT (Massachusetts Institute of Technology) em 1965, o jovem engenheiro da computação ficou dois anos num doutorado. Foi então trabalhar nas proximidades, na Bolt Beranek and Newman (BBN), uma empresa que tinha um contrato governamental com a Arpanet, precursora da Internet. "Nós construíamos um sistema para rodar em hardwares baratos", relembra seu amigo de longa data e colega na BBN Jerry Burchfiel, "e Ray veio com um programa para enviar mensagens. Funcionava somente no sistema local no início, mas então ele criou um e-mail para toda a Arpanet.

Ao contrário da famosa primeira ligação telefônica de Alexander Graham Bell (para seu assistente, Watson), o conteúdo do primeiro e-mail - de Tomlinson em um computador para ele mesmo em outro.

-foi esquecido. Tomlinson não deu muita importância ao fato. "Quando mostrou para mim", afirma Burchfiel, "ele disse: - Não fale para ninguém! Não era nisso que eu deveria estar trabalhando".

A preocupação acabou quando Larry Roberts, um diretor da Darpa, a agência do governo que dirigia a Arpanet, entrou no sistema e começou a fazer toda a sua comunicação por correio eletrônico. Isso forçou os pesquisadores dependentes dos financiamentos de Roberts a entrar on-line, e o sistema rapidamente se transformou em uma ferramenta essencial.

Como outros pioneiros da era da informação, entre eles Tim Berners-Lee e Vínt Cerf, Tomlinson mudou o mundo e fez muitas pessoas ricas, mas não juntou dinheiro para si. "A inovação às vezes é recompensa", ele diz com uma risada, "mas não esta inovação".

A BBN foi comprada no ano passado pela GTE e hoje, na GTE Interetworking, Tomlinson ajuda a desenvolver o software CyberTrust, que fará o comércio eletrônico mais seguro com a emissão de certificados que comprovarão a identidade dos consumidores. "É melhor que uma assinatura digital, porque não pode ser forjada", diz Tomlinson. "E os certificados aumentam o nível de anonimato. Você pode ter grande segurança de que sua privacidade está sendo preservada”.
O e-mail mudou a forma de condução dos negócios. Está alterando o modo com que milhões de pessoas fazem compras ou vão a bancos. Mas nem todas as mudanças fazem Tomlinson feliz. Ele tem saudades do caos colegial de outros tempos. E odeia os flames (e-mail's raivosos), spams (mensagens comerciais) e esquemas que abusam da natureza aberta do sistema. Como o e-mail se embrenhou a fundo na vida moderna, uma certa estrutura - para melhor ou pior - é uma conseqüência inevitável. Tomlinson vê isso sem ressentimento. "Mas", ele diz com um pouco de tristeza, "o e-mail perdeu a anarquia". Fonte: SASHA CAVENDER - © Forbes Asap - extraído da revista Info Exame de Novembro de 1998 – Ano 13 Nº. 152

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